27.11.11

Estrelas em ascensão: como as empresas estão retendo seus talentos.


O mundo empresarial está cada dia mais competitivo. O mercado de trabalho está muito sagaz na busca de novos talentos, principalmente pelo fato da mão-de-obra qualificada, especialmente no Brasil, ter se tornado escassa pela falta de investimentos em educação e preparo profissional. Nesse novo cenário que abrange economia, educação e o âmbito social nos vemos em um processo de maior competitividade entre empresas e pessoas. O primeiro buscando agregar em sua organização os maiores talentos e o segundo correndo contra o tempo para tornar-se apto ao que é exigido.

Durante muito tempo na história, as relações trabalhistas foram baseadas em hierarquia e na massificação do tratamento dado ao elemento humano, enquanto parte da organização. Os focos eram a produtividade, a redução de custos e o melhor aproveitamento da capacidade de trabalho. Não existia a preocupação em entender as necessidades, aspirações e valores humanos de forma individualizada. A maneira de gerir a organização baseava-se apenas no conceito simplista de “manda quem pode, obedece quem tem juízo”, esquecendo-se de dar qualquer outro tipo de suporte além do financeiro. Ou seja, o salário era a única recompensa pelo trabalho realizado, sem qualquer outro benefício, nem vínculos afetivos ou sociais. Nesse aspecto, a relação do empregado com a função delegada a ele era baseada apenas na recompensa financeira, sem espaço para criatividade, inovação e iniciativas, tornando o trabalho mecânico, monótono e pouco produtivo.

Entende-se hoje que, para uma organização funcionar perfeitamente, é de extrema importância compreender que seus objetivos estão interligados com as necessidades daqueles que compõe sua estrutura. Uma empresa não funciona sem funcionários e pessoas sem empregos não estabilizam suas vidas. Por isso, é notável a importância de que as partes entendam as necessidades e deveres de cada um e cumpram suas funções, recebendo em troca aquilo que esperam: a empresa bons resultados e as pessoas realização profissional e pessoal.

É fato que, atualmente, a grande maioria das organizações são focadas apenas em resultados e esquecem que a principal engrenagem para a realização das metas estabelecidas são as pessoas contratadas para as determinadas funções. Por outro lado, existe uma crescente preocupação das empresas em reter os bons profissionais que já estão em seu quadro de colaboradores, e por isso, a gestão dos departamentos de Recursos Humanos tem se tornado uma dos maiores influenciadoras para alcançar o sucesso na relação entre ambas as partes envolvidas no processo.

Para ter um maior êxito na retenção de talentos, o departamento de Recursos Humanos de uma empresa precisa aprender a analisar e compreender a essência humana para uma maior adequação no relacionamento funcionários x organizações. É importate romper os laços tradicionalistas de gestão para buscar entender o que torna um colaborador satisfeito, quando muitas vezes nem ele próprio sabe o que precisa. 

Com tantas mudanças tecnológicas, sociais e econômicas, a incessante busca pelo conhecimento e as grandes exigências pessoais e profissionais, as pessoas nunca estiveram tão incertas sobre aquilo que realmente as tornam felizes dentro e fora do ambiente de trabalho. Salários compatíveis com suas funções, reconhecimento de suas ações, melhores condições no ambiente de trabalho, oportunidades de crescimento através de capacitações, meritocracia, benefícios que proporcionem maior qualidade de vida, relações de trabalho mais afáveis e menos competitivas, metas passíveis de realização, feedbacks, gestores mais acessíveis... São muitas as necessidades a serem supridas e alguém precisa detectá-las e direcioná-las de acordo com cada indivíduo. É preciso reconhecer que a satisfação profissional e pessoal está diretamente ligada a qualidade do trabalho executado, e consequentemente, ao sucesso de uma organização no mundo empresarial. Não há uma forma de desmembrar isso. 

A crescente preocupação com a retenção de talentos, onde agora é claramente percebido que, o capital humano é um bem valioso na criação de vantagem competitiva no mercado, tem levado as organizações a buscar entendimento sobre o que de fato precisa ser feito para mantê-los na empresa.

A administração desses talentos se tornou um desafio para a maioria das empresas que, atualmente, tentam se adequar afim de reter os profissionais qualificados que fazem parte do seu quadro. É a descoberta da importância da gestão de cultura organização como fator de sucesso na busca por resultados.

A gestão estratégica de recursos humanos busca maximizar a administração dos talentos humanos dentro de uma organização, buscando alinhar o potencial de trabalho do funcionário com os objetivos finais da empresa. A mudança na forma de enxergar o capital humano, que antes era visto apenas como custo e hoje é tido como investimento, faz com que o Recursos Humanos tenha um papel primordial nas definições das práticas de retenção de talentos.

Por isso, acredito ser muito importante que as empresas comecem efetivamente a tratar seus funcionários de forma individualizada, se preocupando com suas necessidades tanto quanto s preocupam com resultados. É um longo e árduo caminho, mas creio que haverá um momento que todas chegarão lá.

E você, o que pensa sobre a a gestão da sua empresa com relação aos funcionários. Você se sente ouvido? Ela se preocupa com suas necessidades ou apenas exige que você bata suas metas e cumpra seus horários? Deixe aqui sua opinião e vamos compartilhar as melhores práticas da gestão de recursos humanos.



Revisão: Felipe Rui.
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Mais uma vez, mudando totalmente o foco dos assuntos tratados neste blog. A vida é assim, sempre surgem novos interesses e acho bacana compartilhar com vocês. Espero que tenham gostado do tema e que participem com suas opiniões a respeito. 


P.S. Não consegui pensar em nenhum título melhor que esse. Sorry!

Um beijo,



4.11.11

Das coisas que nos angustiam.

Foto: minidreamer





A angústia é um sentimento totalmente humano. Temos dentro da gente um dispositivo que dispara sempre que nosso instinto “percebe algo” real ou imaginário. O medo da morte, a dor da perda, a ideia de ser demitido, o fora que se pode levar... até o amor nos angustia. 

Arthur Schopenhauer afirmava que viver é necessariamente sofrer. Friedrich Wilhelm Nietzsche dizia que sim, é preciso ter consciência de que a vida é uma tragédia. E Jean-Paul Sartre defendia que o homem estava condenado a ser livre e por ser dono de suas escolhas, já sentia-se angustiado por ter que optar por algo. É, não tá fácil pra ninguém.

O pior dessa sensação é que ela nem sempre é detectada como tal. Geralmente é aquele aperto no peito, aquela dorzinha indefinida que incomoda tanto que as vezes nos faz chorar, temer o pior, ter um ataque de pânico inexplicável. Remédio para isso? Tem os que correm ao médico atrás de uma receita daqueles tarjas pretas indicados contra depressão. Há os que recorrem a terapias em busca do auto-conhecimento. E também aqueles que encontram no colo da mãe ou no ombro do amigo o alívio momentâneo para o que sente. Mas e a cura, será que tem?

Foto: minidreamer
Das coisas que nos angustiam:


 “O namoro acabou e eis que o fim do mundo bate a nossa porta”.


 “Um ente querido falece e já não conseguimos nos imaginar abrindo os olhos no dia seguinte”.


 “A pessoa foi demitida e já anda pelas ruas como se não houvesse mais nenhuma oportunidade a espreita”.


“Fez o Enem e fica achando que a prova foi uma porcaria e nunca entrará em uma faculdade que preste”.


“Ouviu aquela fofoqueira contando que viu o namorado com outra na balada e já quer morrer antes de perguntar a ele se é verdade”.


 “Abre a geladeira e vê aquele pote magnífico de sorvete. Abre e descobre que é apenas feijão congelado” .


“Pagou R$1.500,00 no ingresso para ver João Gilberto tocar e ele adia a turnê porque está gripado”. (Essa é pra você, Zileide Silva).


Whatever... Não importa se o motivo é banal ou sério. Sempre estamos angustiados por alguma razão.

Daí, fico pensando, se não existe algo eficaz que possa nos afastar para sempre desse “sentimentozinho” que nos corrói por dentro. Algo que não venha de fora, mas que seja encontrado ali dentro, no mesmo lugar onde dói. E bom, dizem que um sorriso cura tudo. Que a alegria é contagiante. Que um abraço acolhedor pode nos tirar do buraco da dor. Que o amor tem o poder de nos envolver em uma aura de pura felicidade... Blá, blá, blá. Ok! Tudo muito lindo, mas vamos pensar naquilo que conseguimos extrair de nós mesmos... Seria um bocado de fé? Uma boa dose otimismo? Ou quem sabe, uma pitadinha de generosidade, que nos faça pensar mais nos problemas dos outros que nos nossos? É, muito altruísta, mas nada realmente adequado a realidade humana. 

Foto: minidreamer
A verdade é que nossos problemas nunca são pequenos aos nosso olhos. É sempre muito difícil pensar que o que sentimos, pode ser algo passageiro. E a angústia parece ser uma parte que compõe nossa estrutura física e mental. Algo que não pode ser desmembrado. Mas quer saber? Não é todo dia que algo ruim nos acontece. Soa clichê, mas na boa, sempre há mesmo um dia após o outro (a não ser que você morra, amigo. Aí complica... Quer dizer, quem sabe ao certo, né?). Como diz aquela frase que todos atribuem a Shakespeare, mas não tenho a menor certeza se é dele mesmo e é até capaz que seja da Clarice Lispector (Não são dela todas as frases manjadas hoje em dia?) “Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte”.

Então é isso. Se você que me lê agora, conseguir descobrir algo que realmente possa curar a angústia definitivamente, para que ela seja erradicada como o Ébola. Por favor, me avise. Quero patrocinar você e nós dois seremos muito ricos.

Beijos,





P.S. Perdoem os erros ortográficos, de concordância, etc. O revisor estava fazendos as vezes de mestre cuca e não pode revisar. =)

23.10.11

Viramos reféns do tempo.


Cronologicamente falando, o tempo é medido pelos ponteiros de nosso relógio. As horas que guiam os compromissos, as obrigações e as ações. Para ser uma pessoa organizada, é necessário segui-las. Não há jeito de ser diferente. Ou há?
Foto: ©Kamilla

"Saiba que ainda estão rolando os dados. Porque o tempo, o tempo não para." (O tempo não para - Cazuza)

Dia após dia, olhamos para os relógios que tiquetaqueiam incessamente, nos apavorando quando temos que cumprir prazos ou quando estamos aproveitando o final de semana e nos damos conta de que o tempo está passando rápido demais. Nos primórdios, as pessoas se guiavam pelo sol.  E mesmo naquele período, eram obrigadas a seguir horários para acordar, trabalhar, comer, dormir... É natural que o ser humano se guie pelo tempo. É necessário estar apto para acompanhá-lo, pois são as horas que ditam nossas vidas.

A má administração do tempo pode nos comprometer de diversas maneira, como por exemplo, nos fazer perder um dia inteiro de diversão ou trabalho porque dormimos demais. Adoecer porque nos alimentamos fora do horário. Ou perder a chance de ter um relacionamento legal, porque chegamos atrasados a um encontro. Seríamos nós, reféns do tempo?

E se de repente parassemos todos de consultar o relógio? E se todos os tique-taques do mundo fossem destruídos e tivessemos que nos guiar apenas por nossos instintos? Dormir quando se tem sono, comer quando se tem fome, fazer sexo quando se tem tesão, trabalhar quando se está inspirado... Sem seguir ordens cronológicas. O mundo ainda estaria em equílibrio ou o tornaríamos um caos?

"Há entre o tempo e o destino, um caso antigo, um elo, um par. Que pode acontecer, menino se o tempo não passar?" (Tempo e Destino - Nilson Chaves)

Acredito que o caos se instalaria, porque já estamos condicionados a seguir horários. As pessoas se sentiriam perdidas sem ter que cumprir determinados períodos de tempo. Infelizmente é assim. Mas seria interessante ter um poder maior sobre as horas. Por exemplo, seria genial se existisse um controle remoto como no filme Click, onde o personagem de Adam Sandler controla o tempo a seu bel prazer. Claro, ele se prejudica de diversas formas por manipular o tempo à sua maneira. Mas se soubessemos usá-lo com discernimento, seria de grande valia fazer o tempo ir mais devagar quando temos uma meta para entregar. Ou acelerá-lo, quando uma transa está muito ruim e você só quer sair logo dali.

Atualmente, gostaria que meu dia tivesse 36 horas. Tem tanta coisa que quero fazer e sinto que nunca dá para fazer tudo. Sempre tem algo que rouba mais tempo de mim do que eu gostaria. Talvez seja falta de organização da minha parte, talvez eu foque demais em coisas que não deveriam ter tanto a minha atenção, talvez se eu dormisse menos, talvez se eu tabalhasse menos, talvez se eu ficasse menos tempo na Internet... São muitos “talvez” que eu nunca terei certeza sobre qual deles me faz usar meu tempo de forma errada.

"Sempre faço mil coisas ao mesmo tempo. E até que é fácil acostumar-se com meu jeito." (O mundo anda tão complicado - Renato Russo)

Acabei de refletir e, escrevendo esse texto, percebi que o tempo não deve ser nosso algoz. Ele não deve nos dominar, nos impor medo, não deve ser um castigo. O tempo deve trabalhar ao nosso favor. Deve ser um aliado, não um inimigo. Vamos trabalhar melhor o nosso tempo e tenho certeza que seremos capazes de aproveitá-lo muito mais. Tudo isso, sem transformar o mundo em um caos.

Revisão: Felipe Rui.

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Ah, o tempo... Sempre ele me roubando momentos como esse, em que posso escrever para mim, para vocês! Sempre sinto saudades.
Espero que vocês estejam aproveitando seu tempo melhor que eu. Mas estou trabalhando nisso. Constantemente!



Beijos!



1.10.11

Doce e amarga.

Foto: Luiz Paulo Marques de Souza
Sou uma pessoa que não dou para trás em meus planos. Traço uma reta e sigo por ela. As vezes, claro, ensaio uma circunferência. Mas jamais estaciono no ponto final. Acho que minha vida é meio que um squiggle infinito.

Não faz muito tempo,  juntei meus trapos e subi em um ônibus rumo a São Paulo. Foram quase quatro horas de viagem, onde tentei acalmar um constante medo que eu tinha, o de me tornar mais uma daquelas pessoas que se perdem por aqui e jamais são encontradas. Pra variar, junto com minha pequena bagagem vieram grandes expectativas. Normal. Acho que todo mundo é assim. O ser humano é assim, adora criar sua própria dimensão das coisas.
Foto: Rosangela Lima
  
Aqui se trabalha muito. Gasta-se o dobro do tempo para ir a qualquer lugar, mesmo quem tem carro. Só para ir na esquina você já paga R$10. Tá todo mundo sempre cansadas. O trânsito é infernal... Mas por que as pessoas insistem em vir para cá? Por que eu vim para cá? Por que todo dia desembarca um monte de gente na rodoviária do Tietê ou em Guarulhos e Congonhas? 

Quando cheguei em São Paulo, me deparei com um formigueiro. Um grande formigueiro cheio de pequenas cabeças apressadas. Corpos esbarrando uns nos outros, sem tempo de parar e pedir desculpa. Carros com pessoas impacientes e suas buzinas incessantes. Uma infinidade de viadutos sem mais espaço para guardar os cobertores de quem dorme ao relento. 

Grande parte dessa cidade é etérea. Aqui os prédios se constroem sob esperança. Os ônibus passeiam por ruas de saudade. As pessoas caminham por calçadas de alegrias e tristezas. Os muros são pichados com frases poéticas. Os sonhos são realizados e as ilusões destruídas. Alguns planos são concretizados e outros sequer saem do papel. E ninguém vai embora.

Qualquer pessoa que eu conheço, que tenha vindo para cá, veio atrás da realização de algum objetivo. São Paulo é uma cidade cheia de defeitos, mas é um lugar que há anos recebe milhões de pessoas e abre cada vez mais espaço para acolhê-las. Talvez por isso já esteja cheia demais.
Foto: Marco Braz
Aqui eu dividi quarto em um pensionato com cinco meninas. Trabalhei em uma editora, onde tinha que vender espaço publicitário, o que implicava andar por lugares que eu nem conhecia. Conheci pessoas incríveis por um tal de Twitter. Entrei para uma grande empresa que jamais pensei ter chance. Consegui um cantinho só pra mim. Descobri que quanto mais você ganha, menos você gasta fazendo o que gosta. Conheci mais gente incrível. Adotei uma gatinha e tive a pachorra de chamá-la de Panicat. Percebi que não adianta morar em uma cidade legal, conhecer pessoas incríveis e ganhar dinheiro se você não tem disposição para aproveitar nada disso... Enfim.

Nessa cidade, as ilusões se desfazem, mas as pessoas continuam aqui. E eu, mesmo depois do medo, das incertezas, das lágrimas, da dor e depois do escorregão no meu primeiro dia, o que me deixou o joelho direito roxo por semanas, cheguei e fiquei. E não vou mais a lugar nenhum. Porque a minha vida agora é aqui. Debaixo dos prédios altos e sob o incessante barulho das buzinhas ensurdecedoras. Pelo menos, até o próximo traço do meu squiggle


Revisão: Felipe Rui.


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Bom, depois de mais um longo hiato, cá estou eu novamente com minha enorme cara de pau, esperando que vocês ainda venham ler este blog. rs
Espero que gostem desse meu pequeno depoimento sobre minha grande aventura nessa selva chamada São Paulo. Um lugar em que se mata um leão por dia, para se ter a dádiva de deitar e poder sonhar toda noite.

Beijos!


10.8.11

Quando o sexo fica fofinho.


Enquanto pensava em como escrever esse texto, me questionei o seguinte: o relacionamento sexual de um casal fica relativamente morno quando passam para o patamar do "eu te amo"? Quer dizer, enquanto a relação está sem o compromisso de fato, as coisas podem ser mais leves ou nada muda de verdade?

Todo começo de relacionamento é quente. Se o seu não foi, ou o casal era tímido, você frígida/ele impotente ou as suas religiões não permitiam. Sério, é muito difícil que uma relação comece morna. Há sempre aquela tensão sexual onde as mãos invariavelmente são guiadas para os lugares mais “impróprios” e é complicado controlar.

 
O que dizer então do linguajar? É de “vagabunda”, “safado”, pra pior. Volto a dizer, isso só não acontece se você é muito recatado(a) ou qualquer uma das outras opções citadas no parágrafo anteriormente. Sexo não foi feito para ser fofinho. É carnal,  é aquilo que envolve o proibido, o secreto, o desejo, a intensidade...

Um amigo meu, que prefere se manter anônimo, disse uma coisa que se encaixa bem com o que quero dizer: “Intimidade é uma merda né? Todo casal de namorados com o tempo começa criar suas próprias gírias, suas próprias coisinhas fofas. Sexo acaba virando coisa fofa... Chega uma hora que você para de foder e começa a transar.”


Pois bem, e quando o sexo começa a ficar bonitinho, como fica? O que quero dizer com “bonitinho”, “fofinho” é quando a relação sexual entre um casal fica morna, sem as peculiaridades tão presentes no começo. É quando a noite morre no papai e mamãe mais sem graça da face da terra. Não que não ter aquela foda homérica diariamente signifique que o relacionamento não tem mais graça. Mesmo porque não é toda dia que a Bruna Surfistinha baixa na gente. Mas venhamos e convenhamos, nada torna uma relação mais frustrante do que a perda do apetite sexual. Ou quando a rotina toma conta e fica impossível inovar.


Como bem disse a Renata Chelli, mais conhecida como Rebiscoito, do adorável Biscoitices: “Sexo no começo é sempre muito bom, mas depois que o casal tem bastante intimidade pode ficar ainda melhor. Cada um conhece mais o corpo do outro, sabe como fazer o outro gozar mais facilmente... Isso pode ser uma vantagem, mas também algo ruim. O casal não pode deixar a coisa esfriar, tornar o sexo uma coisa cômoda, mecânica sabe?”. 


Acho que, independente do grau que a relação esteja, seja na fogueira do início ou na calmaria de um relacionamento estável, o sexo só fica morno se o casal deixar. O amor e todo o romantismo que envolve esse sentimento não joga um balde de água fria nos lençóis.  A rotina e conhecer melhor um ao outro pode até ser um “quê” a mais para a relação. O Fernando Gouveia, o Gravz, do Gravataí Merengue, tem uma opinião formada sore isso “Se as coisas mudam? Sim. Mas eu acho que tudo tem a ver com a natureza do homem e a natureza da mulher. Não são "naturezas" iguais e, além disso, hoje em dia a sociedade é muito mais libertária. Parece, em princípio, uma falência do sistema matrimonial, mas na verdade é uma alforria: podemos, enfim, fazer o que nos der vontade.”


O sexo pode sim ser romântico. Aliás, nada mais gostoso do que ficar abraçadinhos, curtindo o momento , sentindo o corpo um do outro. Ou um gracioso “eu te amo” após um orgasmo. Mas o sexo nunca pode ser mecânico, como disse a Rê. E ele se torna mecânico quando paramos de falar coisas safadas, inventar novas posições e, principalmente, quando viramos para o lado e dormimos sem nem ao menos curtir o que acabou de acontecer. Outra coisa importante: os problemas não devem nunca ser levados para a cama. Para isso temos o sofá.



 Revisão: Felipe Rui.


*Agradecimentos especiais para a Rê, o Fê e amigo que prefere se manter anônimo, pela colaboração.

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Então é isso, galera... 
Minha meia dúzia de leitores pode estar se perguntando por que esse hiato entre os post's. Tenho algumas teorias: preguiça, falta de tempo, falta de inspiração... Todas juntas acabam se tornando o motivo. De qualquer forma, o importante é que voltei mais uma vez e espero que este blog não tenha mais paradas bruscas.
Para quem tá achando estranho eu ter pulado do assunto Deus para essa temática sexual, não se assustem... É o meu jeitinho! rs

Um beijo e até o próximo!